No trânsito, em casa, no trabalho ou em qualquer outro ambiente, os acidentes são comuns, mas podem ser evitados com ações simples como ter cuidado
Técnicos especialistas em segurança, médicos e empresários são unânimes em assegurar que ações de conscientização e prevenção são as principais medidas para evitar os acidentes. Seja no ambiente doméstico, profissional ou outro, os acidentes acontecem com homens e mulheres em qualquer idade, nível social e cargo nas empresas.
Na construção civil, por exemplo, é comum ver funcionários reclamando de desconforto e falta de agilidade com o uso dos equipamentos de segurança. O desuso pode acarretar em acidentes graves e gerar traumas permanentes. Para o médico cirurgião Alexandre Freitas, os equipamentos de segurança como luvas, óculos, botas, capacete e outros só trazem efeitos positivos. Empresas conscientes e responsáveis fazem questão de zelar pelo bem estar dos funcionários e não descuidam disso. “Às vezes a empresa possui o equipamento de segurança e o funcionário não usa por desconhecer os riscos aos quais está exposto”, explica.
Ainda segundo o médico, as empregadas domésticas são outro exemplo. Elas manipulam produtos químicos sem usar luvas de proteção e podem acabar sofrendo queimaduras graves indo parar na emergência do hospital.
Fora do trabalho, em casa ou no trânsito as pessoas também estão suscetíveis aos acidentes e suas conseqüências. Os acidentes de trânsito fazem vitimas adultos e crianças. Em ambos, as situações mais graves podem ser evitadas com o uso do cinto de segurança e, para os pequenos, da cadeirinha. “Esses cuidados podem evitar que o acidente tenha conseqüências sérias para a vida toda”, afirma o cirurgião.
Ainda falando sobre as crianças, nas cenas domésticas também estão os riscos. “Um acidente bastante comum é com aqueles tanques (de cimento), que geralmente ficam soltos. Estes podem virar e cair sobre os pequenos, provocando sérios traumas”, comenta Alexandre.
Trabalho
Em relação aos acidentes no trabalho, o presidente da Sociedade Paranaense de Medicina no Trabalho, Dante José Lago, fala com propriedade. Para ele, a prevenção é a principal saída para essa problemática. No entanto, este ainda permanece como um desafio para as empresas, pois tem muito a melhorar. Dante explica que se as empresas não investirem na segurança dos trabalhadores, depois de ocorrido o problema acabam sendo obrigadas a pagar caro. “Para os empresários é muito melhor, economicamente, ser responsável, prevenir acidentes e investir na segurança do funcionário, do que ter que arcar com despesas extras por conta de problemas que poderiam ter sido evitados”, explica.
Em casa
Em se tratando de acidentes domésticos, assim como as crianças, as pessoas de idade são vítimas freqüentes. De acordo com Rodolfo Pedrão, presidente da Sociedade Brasileira de Geriatria, os acidentes com pessoas na terceira idade são comuns e geralmente acontecem devido ao comprometimento da força muscular, do equilíbrio, pela falta de condicionamento físico ou pelos efeitos indesejados causados por medicamentos utilizados pelos idosos.
“As quedas na terceira idade ocorrem mais freqüentemente nos locais de maior circulação e atividade como na cozinha, no trajeto do quarto ao banheiro e no banheiro é bem comum”, diz. O médico orienta ainda que “idosos que têm atividades nos arredores de suas casas devem se precaver antes, para evitar acidentes”, garante.
Segundo o Pedrão, após sofrer uma queda, o idoso pode tornar-se temeroso de cair novamente, reduzindo ainda mais a mobilidade, o que piora visivelmente o descondicionamento físico e acaba por alterar a postura corporal. O médico também alerta que “idosos que caem freqüentemente têm maior risco de perder a independência, e acabam necessitando de auxílio para as atividades da vida diária como tomar banho, se alimentar e cuidar da higiene pessoal”, revela.
Prevenção
Para evitar esses tipos de problemas o médico dá dicas de prevenção: a primeira dessas é a atividade física. “Idosos sedentários devem ser estimulados a realizar exercícios físicos, de acordo com suas possibilidades clínicas; se a avaliação médica revela dificuldades com a marcha ou o equilíbrio, as medidas de reabilitação devem ser implementadas. A recomendação é praticar atividades físicas regularmente, pois, assim, vai sofrer menos acidentes”, orienta.
Sobre os medicamentos, Pedrão ainda sugere que “uma avaliação criteriosa deve ser realizada nos remédios em uso e aqueles que comprometem o equilíbrio devem ser imediatamente suspensos”. Para completar, o geriatra fala do cuidado que se deve ter com as pessoas idosas que têm osteoporose, “estas devem receber tratamento para esta enfermidade”.
Além dessas, outra recomendação é evitar atitudes de risco: “não subir em banquinhos ou escadas para manipular objetos e nem andar em ambientes escuros”, conclui o médico.
Acidentes podem ser fatais quando a vítima é uma criança
Segundo dados da Ong Criança Segura, os acidentes representam a principal causa de morte das crianças com idade entre um e 14 anos, no Brasil. De acordo com a organização, o trauma, além de principal causa de morte em crianças, é um dos maiores problemas de saúde pública mundial.
A entidade divulga que, no total, mais de cinco mil crianças morrem e cerca de 137 mil acabam hospitalizadas, anualmente, no Brasil. Isso segundo dados do Ministério da Saúde. As estimativas ainda mostram que a cada morte, outras quatro crianças ficam com seqüelas permanentes, o que, segundo a Ong, “irá gerar, provavelmente, conseqüências emocionais, sociais e financeiras a essa família e à sociedade”.
Segundo um Relatório Mundial sobre Prevenção de Acidentes com Crianças e Adolescentes, lançado em dezembro de 2008 pela Organização Mundial da Saúde e UNICEF, em todo o mundo, são 830 mil crianças que, anualmente, morrem vítimas de acidentes.
Para a Ong Criança Segura, a prevenção é a principal saída para proteger as crianças dos riscos de acidentes. Muitas vezes é necessário que os problemas ocorram para só depois se rever os prejuízos. No entanto, essa situação deve mudar.
Com a conscientização da sociedade, pelo menos 90% dos acidentes poderiam ser evitados com atitudes preventivas, como:
• Ações Educativas;
• Modificações no meio ambiente;
• Modificações de engenharia;
• Criação e cumprimento de legislação e regulamentação específicas;
• Uso de equipamentos, como é o caso das cadeirinhas.
Outras dicas estão disponíveis no site http://www.criancasegura.org.br/veja-dicas.asp, por situação.
(Fonte: site Criança Segura)
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